IDA, POLÔNIA, DINAMARCA, FRANÇA, INGLATERRA, 2013, 82 MIN.
DRAMA
ELENCO:
AGATA TRZEBUCHOWSKA – IDA, ANNA
AGATA KULESZA – WANDA
Dirigido pelo polonês Pawel
Pawlikowski este belíssimo filme foi indicado ao Oscar como melhor filme
estrangeiro e a espetacular fotografia em preto e branco também foi indicada ao
premio Oscar. As imagens possuem um tratamento especial em uma tela quase
quadrada, com momentos de “concurso de fotografias”, onde o escuro quase sempre
prevalece, mas o claro quando surge é com força total. A triste história,
contada com sobriedade e contenção, é sobre uma noviça órfã, Anna, que, antes
de fazer seus votos finais, é convidada pela madre superiora a visitar sua tia
que surgira e queria revelar fatos sobre seu passado. Trata-se de Wanda, uma
juíza e promotora da Polônia comunista de 1962. É uma mulher muito solitária e
viciada em álcool, que logo que vê a jovem revela, sem meias palavras, que é
uma freira judia. Seu nome verdadeiro é Ida Lebenstein e fora salva do massacre
por ser menina e bebê. Depois disso resolvem ir atrás do passado de ambas, cujos
parentes foram assassinados naquela época e não se sabe onde foram enterrados.
Róza, a mãe de Anna, era muito doce e sua filha era sua imagem perfeita. Indo
parar em uma aldeia, vão direto a casa onde moravam durante a Segunda Guerra
Mundial. Hostilizadas pelos atuais proprietários que dizem não saber de nada,
seguem atrás de outras pistas. Ida é exposta ao mundo exterior que nunca conhecera,
mas se mostra curiosa em ver como essas pessoas vivem. A tia é boêmia, gosta de
homens e música abrindo para a sobrinha um mundo bastante diverso do qual
estava acostumada. Depois de várias lutas, conseguem localizar os restos mortais
e os enterram no túmulo do cemitério israelita da família. Tudo muito
instigante e sóbrio. Ida tem a oportunidade de conhecer um sensível músico de
sua idade e uma atração parece surgir. Contudo as coisas não saem exatamente
como gostaria Wanda, mas tendo se afeiçoado muito a garota, quer que seja
feliz. O desenrolar do roteiro é comovente e muito bem finalizado. Ótima
oportunidade para ver uma história com tom muito verdadeiro e infeliz,
entretanto envolvida por belíssimas imagens e interpretações contidas e
impecáveis.
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