domingo, 3 de maio de 2015

CAKE UMA RAZÃO PARA VIVER DE DANIEL BARNZ




CAKE, EUA, 2014, 92 MIN., DRAMA
ELENCO:
JENNIFER ANISTON – CLAIRE
SAM WORTHINGTON – VIUVO
ADRIANA BARRAZA – SILVANA
ANNA KENDRICK - NINA

Esse é um drama extremamente intimista, com ótimo desempenho de Jennifer Aniston. Trata-se de uma mulher que participa de um grupo de pessoas que sofrem dores crônicas e procuram ajuda terapêutica.  Uma das participantes comete suicídio, o que abala todas as outras, menos Claire. Amarga, agressiva e depressiva  não quer receber ajuda de ninguém, nem de si mesma. Seu corpo é recoberto por cicatrizes e vive só em uma linda casa em Los Angeles. Separada do marido, não mantém nenhum contato com ele, a não ser por uma vez, em que nos é apresentado, pois fora ajudá-la. Claire consegue, de forma clandestina, o endereço da jovem suicida e conhece seu marido e filho. Totalmente viciada em drogas pesadas para tudo, uma senhora mexicana, Silvana, toma conta dela e é mais do que uma governanta; é amiga, chofer e cozinheira. Claire tenta várias vezes fazer o mesmo que Nina, mas nunca chega ao suicídio, pois na última hora esmorece. Com o marido dela conhece seu túmulo, pois ele coloca na árvore, ao lado da lápide, um belo enfeite indiano que toca música quando bate o vento. Eventualmente sabemos que é advogada como o marido e eram muito bem sucedidos. Com o correr da trama descobrimos que teve um filho pequeno e que sofreram um acidente, entretanto nunca é revelado que tipo de desastre. Totalmente drogada, vê com frequência a jovem Nina e mantem diálogos com ela. O filme é bastante lento e as cenas demoram a passar, dando tempo para muita reflexão. No terço final as coisas muito delicadamente vão mudando de rumo. Dando uma carona para uma garota que quer ser atriz e como pagamento recebendo um belo bolo (CAKE – nome do filme), emociona-se, até que consegue visitar o túmulo de seu filho. A transformação vai ocorrendo com a ajuda do novo amigo e o filhinho, seu ex-marido e principalmente de Silvana. Não é um filme para qualquer pessoa, precisa ser apaixonada por cinema e gostar de atuações complicadas. Esta não é modesta, ao contrário.

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