segunda-feira, 22 de agosto de 2016

BEN-HUR DE TIMUR BEKMAMBETOV








BEN-HUR, EUA, 2016, 124 MIN., ÉPICO.
JACK HUSTON – JUDAH BEN-HUR
TOBY KEBB – MESSALA
RODRIGO SANTORO – JESUS
MORGAN FREEMAN – SHEIK ILDERIM
NAZADIM BONIADI - ESTER

Inspirado no livro do americano Lew Wallacem (1880), o longa é um épico feito de maneira moderna e bem sucedida. O diretor cazaque, Timur Bekmambetov, ótimo em fitas de ação reconstrói essa história bíblica, passada em 33 D.C., ano da morte de Jesus. Nela resgata o valor da família, atos heroicos, religião e a crueldade humana, representada pelo então exército romano. Judah é um príncipe judeu, casado com Ester, e tem uma relação amorosa profunda com seu irmão de criação, Messala. Quando o exército romano invade Jerusalém, Messala, após um desentendimento com Judah, já havia integrado aquele exército. Salvo por Judah, um jovem zelote, inimigo mortal dos romanos, atira uma flecha no chefe romano e a consequência de tal ato é o banimento da família de seu palácio, crucificação das mulheres e ida de Judah para as galeras romanas como escravo. As espetaculares cenas de batalhas marítimas com a Grécia são focadas nos remadores, onde se encontra Judah, mais velho e muito fortalecido, cinco anos depois. Após a derrota romana, ele consegue se salvar e se tornar protegido de um sheik núbio (Morgan Freeman). Lá é tratado e, amante de cavalos e profundo conhecedor deles, aprende a correr com a biga, pois essa será a vingança contra o irmão traidor e o império romano. A família Ben-Hur havia salvado o menino Messala, para provar que poderia haver paz na Judeia e harmonia entre os povos. A única maneira de Judah conseguir vingar sua família seria durante a apresentação do circo romano, onde sedentos por sangue, a corrida era a única opção de vitória, pois considerada um esporte, tinha regras legítimas. Encorajado por seu mentor núbio, torna-se um ás nesse esporte e parte para a competição, anos depois. Para sua surpresa sua mulher encontra-se viva e era uma seguidora da nova religião, pregada por Jesus, que incentivava o perdão e amor ao próximo, algo muito parecido com que os pais de Judah acreditavam. As ótimas cenas da batalha naval e as incríveis reviravoltas da corrida de bigas são o ponto alto do filme. Bom filme, com apresentações dos atores muito convincentes, desde Judah, Messala e o brasileiro, Rodrigo Santoro, como Jesus. Épico com conteúdo. A crítica estrangeira, como um todo, não segue minha opinião.

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