quarta-feira, 18 de julho de 2018

CUSTÓDIA DE XAVIER LEGRAND





JUSQU’À LA GARDE, FRANÇA, 2017, 93 MIN., SUSPENSE.

ELENCO:
LÉA DRUCKER – MIRIAM
DENIS MÉNOCHET – ANTOINE BESSON
THOMAS GIORIA – JULIEN

 O jovem diretor, Xavier Legrand, apresenta um suspense de primeira linha com essa história universal que seguirá em um constante crescendo. O filme começa com o casal Miriam e Antoine diante de uma juíza que irá sacramentar a guarda do filho, Julien. Estão divorciados e a mãe e sua advogada solicitam a guarda exclusiva do filho, uma vez que o marido era uma pessoa extremamente violenta. O pai, também com sua advogada, rebate que ela some com o menino e não o deixa visitá-lo ou passar os fins de semana com ele. Quer a guarda compartilhada. Até então os dois não estão com ânimos exaltados, mas uma carta é lida confirmando sua brutalidade. A juíza finalmente decide que a guarda seria dos dois, para desespero da mãe e do pequeno Julien, que virará uma espécie de refém. Antoine é um homem sem residência fixa, morando com os pais que fazem o possível para aturá-lo. Miriam tem seu endereço em segredo para que ninguém se aproxime dela ou do filho, convivendo principalmente com sua família. Quando chega o primeiro dia de passar com o pai, vemos um Julien desesperado, não querendo chegar perto de Antoine. A relação entre eles é a pior possível, uma vez que sendo truculento desperta medos profundos no garoto. A situação dessa família é igual a muitas que conhecemos ou que vemos na mídia. Esse homem é absolutamente brutal com a mulher, achando que é posse dele. O filho vê-se desesperado tentando salvaguardar a integridade de Miriam e de sua irmã mais velha, com 18 anos, que escapa da tutela do pai. As cenas são muito fortes e de certa forma aterrorizantes, principalmente no terço final da película. Ótimo filme, mas bastante ácido. Um alerta para todos. O desempenho do jovem ator Thomas Gioria é estupendo, assim como o de Denis Ménochet em um terrível papel. Léa Drucker não fica atrás, sendo pequena e franzina chegamos a pensar que isso tudo é realidade. O filme foi selecionado para o Festival Internacional de Toronto em 2017.

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