JAPÃO, ESTADOS UNIDOS, 2017, 95 MIN., COMÉDIA DRAMÁTICA.
ELENCO:
SHINOBU TERAJIMA – SETSUKO
SHIOLI KUTSUNA – SOBRINHA
JOSH
HARTNETT – JOHN
KOJI
YAKUSHO – TOM
KAHO NINAMI – MÃE
Filme com várias indicações no festival de Cannes de 2017, dirigido pela
talentosa Atsuko Hirayanagi, analisa a solidão feminina naquele país, em um
formato quase fantasioso onde todos estão a um passo adiante da realidade.
Temos três mulheres da mesma família, muito diferentes entre si. Setsuko, na
casa dos quarenta anos, vive sozinha e possui uma vida sem cor ou luz, morando
em um pequeno apartamento atulhado de caixas e roupas em desalinho, misturadas
com comida. Ela não tem amigos e trabalha em um escritório desinteressante onde
os colegas são bajuladores e falsos. Sua vida é um caos e uma desilusão. Por
acaso sua sobrinha oferece-lhe um curso de inglês, pois precisava do dinheiro
para fazer uma viagem. Tentando ajudar a jovem e para sair de seu marasmo
aceita. Quando chega à sua sala de aula que mais parece um prostíbulo, Setsuko depara-se
com o professor John que imediatamente lhe dá o nome de Lucy e uma peruca loira
para ficar parecendo uma verdadeira americana. Esse será seu alter-ego que irá
tentar salvá-la de si mesma. Na sala de aula existe outro aluno japonês, com o
codinome de Tom, que aceita muito bem a nova colega. Trata-se de Koji Yakusho,
grande ator japonês, que aceita fazer essa ponta ilustre. No segundo dia de
aula é informada que o professor voltou às pressas para Los Angeles. Procura
sua irmã, que não se dava com ela e era muito amarga, dizendo que irá para Los
Angeles, mas não viajará sozinha, pois a outra mulher insiste em acompanhá-la, porquanto
sua filha fugira com John. O filme indo além do realismo deliberadamente
transforma seus personagens em pessoas admiravelmente patéticas. O filme
envolve sentimentos femininos em grande exagero, como se toda mulher só seria
completa quando encontrasse um verdadeiro amor em sua vida. Ótimo, quase um
conto de fadas.
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