L’AMANT DOUBLE, FRANÇA, BÉLGICA, 2017, 107 MIN., DRAMA
ELENCO:
MARINE VACTH – CHLOÉ
JÉRÉMIE RENIER – PAUL E LOUIS
JACQUELINE BISSET – MÃE
François Ozon é considerado um
dos melhores diretores franceses da atualidade, sempre tratando de temas muito
pessoais e indigestos. Faz parte do grupo “cinema de corpo”. Esse suspense
erótico foi sensação no Festival de Cannes em 2017. O Amante Duplo é inspirado
no livro Live of the Twins de Joyce Oates. É a história de uma belíssima jovem
de 25 anos, que já foi modelo e agora se encontra desempregada. Sentindo fortes
dores de estômago vai procurar um médico que a encaminha a um psicanalista. O thriller
começa com Chloé (Marine Vacth) fazendo um exame ginecológico, mostrado em
close, seguindo para o olho, com uma lágrima da protagonista. Ela quer saber o
que tem dentro de si literalmente. Seu analista é Paul (Jérémie Renier), um
homem mais velho do que ela, que com a sequência das sessões consegue que as
dores sumam. Ambos já estão apaixonados e, por motivos éticos, vai buscar
alguém para substituí-lo. Começam a namorar e vão morar juntos em um
apartamento agradável. Andando pela rua, encontra uma placa com o nome de um analista e
decide entrar. Para sua surpresa trata-se do irmão gêmeo de Paul, Louis, de quem
está afastado há muitos anos. Louis tem métodos analíticos nada ortodoxos e
arrasta a jovem para um relacionamento sexual bastante perverso. Com essas
sessões acaba conhecendo o passado turbulento de Paul, junto ao irmão e a mãe.
O filme é bastante complexo e sob um ponto de vista feminino. A terapia e a
intimidade que ela gera são pontos importantes nesse roteiro. A protagonista
não vai descansar enquanto não souber o que carrega dentro de seu ventre e com
isso temos cenas realmente assustadoras à la Hitchcock, ídolo do diretor. Beleza, atuação dos protagonistas e mão firme
do diretor são excelentes. Filme que não o deixa indiferente, ou ama ou
detesta! Vale a pena arriscar.
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