domingo, 18 de janeiro de 2009

ALGUÉM Q ME AME DE VERDADE Stefan e Diane











Dirigido por Stefan Schaefer e Diane Crespo
Este filme dirigido pelos documentaristas Stefan e Diane parece nos dizer: acreditem nos seus sonhos, sigam seus instintos e sejam felizes! Nem que seja por 89 minutos! É uma estória leve e muito bem contada sobre duas garotas de cerca de 20 anos, uma mulçumana e outra judia, ambas ortodoxas, que estão na idade de se casarem. O filme abre nos mostrando os telhados de casas dos bairros judeu e mulçumano e segue até um escola infantil para crianças. Lá estudam crianças de todas as raças e credos, assim como a diretora que é uma atípica judia e os professores também de variados credos e nacionalidades. Antes das aulas se iniciarem elas fazem um workshop para aprenderem a lidar com as diversas situações decorrentes dessa variedade de raças. Dentre elas temos a bela judia ortodoxa Rochel (Zoe Lister Jones) e não Rachel e a linda mulçumana Nasira (Francis Benhamou). Ambas são convictas de suas religiões e gostam de serem como são: ortodoxas e seguidoras de seu Deus. Ocorre que durante esse trabalho preliminar elas acabam se conhecendo melhor e se admirando. Durante uma aula, as crianças acham que elas seriam inimigas mortais, pois “os mulçumanos queriam jogar os judeus no mar.” Através do exercício “círculo de união”, sugerido por Rochel, os pequenos aprendem como lidar melhor com as diferenças, dando chance para que todos se mostrem como são e não como aparentam ser. Amigas, Rochel convida Nasira para estudar em sua casa, mas a garota é imediatamente repelida pelo preconceito da mãe judia. Isso não funciona, pois elas são independentes, cultas e inteligentes para não romper uma relação amigável. Apesar do absurdo desacordo entre essas duas religiões no Oriente Médio, em especial na Faixa de Gaza, essas duas religiões monoteístas são muito parecidas – o uso do véu, a modéstia feminina, o toque masculino proibido e principalmente o casamento arranjado pelos pais (arranged do título). Os primeiros pretendentes de Rochel são absurdamente inadequados e ela entra em pânico, chegando a refugiar-se na casa de uma prima, que abandonara o judaísmo para viver em um mundo secular e mais livre. Todavia, lá também não é seu lugar. O interessante é que em uma festa ela prova seu primeiro gole de bebida alcoólica, uma caipirinha brasileira, que apesar de deliciosa é muito forte! Voltando para casa recusa-se a passar por tudo aquilo novamente, preferindo ficar solteira. Sua mãe apela para o sentimento de culpa de todas as formas possíveis chamando-a de egoísta e muito mais. Ao mesmo tempo vemos Nasira passar pelo mesmo calvário. Homens de todos os tipos lhe são apresentados, com uma agravante – a família toda do pretendente vem junta. As duas jovens trocam confidências sobre seus problemas sentimentais e se consolam mutuamente. Um dia Nasira vai à Universidade de seu irmão para dar-lhe um livro, acompanha da inseparável Rochel, quando esta vislumbra um judeu ortodoxo, por quem se apaixona a primeira vista e sente ser correspondida por um significativo olhar. Porém entre os judeus é impossível uma jovem abordar um rapaz ou vice versa e começarem a namorar. Isso deve ser feito através de um match-maker (casamenteiro) indicado pela família. Nasira, enfim, é apresentada a um futuro engenheiro, um rapaz jovem, bonito, inteligente e com dentes (o último não os tinha e era 20 anos mais velho do que ela, mas era rico). Feliz resolve que Alá a ajudara a encontrar seu marido, ortodoxo, mas onde existe uma bela química. Assim fica sabendo do encantamento de sua amiga Rochel pelo jovem ortodoxo e resolve dar uma mãozinha a Deus e à match-maker, Irene Stein. No corredor da universidade de computação, tira fotos do rapaz e dizendo ser aluna de jornalismo pergunta sobre sua vida pessoal. Ele não era casado! Coloca tudo em um envelope e se fazendo passar por judia não ortodoxa, deixa o envelope na casa de Irene, que se apressa em visitar Rochel e mostrar-lhe mais cinco pretendentes. A jovem não acredita em sua sorte e quer marcar um encontro com ele. Bem não é preciso contar o resto do destino das duas garotas. No final do filme uma cena nos mostra as duas amigas, sentadas em um banco de jardim, com seus respectivos carrinhos de bebê, conversando e admirando seus maridos, que são muito bons e que iriam penar em suas mãos, pois eles fariam o que elas quisessem!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa essa sinopse! Adorei ler!

caixadagua33 disse...

também gostei muito. Regina aonde você assiste a estes filmes que eu não vejo por aí? Abraços, Marcia Brito.