domingo, 24 de janeiro de 2016

0S OITO ODIADOS DE QUENTIN TARANTINO




THE HATEFUL EIGHT, EUA, 2015
ELENCO:
SAMUEL JACKSON – MAJOR MARQUIS
KURT RUSSEL – JOHN RUTH
JENNIFER JASON - DAISY
WALTON GOGIS– XERIFE CHRIS
TIM ROTH – OSWALD MOBRAY
MICHAEL MADSEN – JOE GAGE
BRUCE DERN – GERNRAL SANDY
DEMIÁN BICHIR – BOB
Se você gosta de filmes do faroeste americano e de uma história muito bem contada não deixe de ver esse filme de Tarantino. Depois da Guerra Civil americana, com o preconceito a flor da pele, teremos reunidos brancos, negros e latinos. Havia pelotões de negros que lutaram durante a Guerra Civil do lado do norte, com lealdade e inteligência, mas não eram bem quistos e esse é um dos personagens importantes dessa história. Começa durante uma fortíssima nevasca no meio do nada e uma carruagem aparece, quando Major Marquis pede uma carona. Ele tinha três corpos de procurados vivos ou mortos e queria se dirigir a primeira cidadezinha do Wyoming para receber sua recompensa. Depois de muita conversa com o passageiro que já estava lá, junto à maior assassina do lugar, também caçador de cabeças, consegue subir, pois mostrara uma carta pessoal do então presidente Lincoln. Seriam pen friends e isso impressiona muito o Enforcador, que gostava de levar a vítima viva e vê-la morrer aos pouco. Aí já temos o perfil do que são os oito odiados. Logo depois, aparece um jovem, filho de um oficial do lado oposto, dizendo que seria o futuro prefeito da cidade e argumenta que se eles quisessem receber o dinheiro, seria ele a dá-lo. A contra gosto cedem e lá vai a carruagem com três bandidos mortos no topo, o cocheiro, aparentemente honesto, e três temidos e mais o futuro prefeito que pode estar mentindo. No meio do caminho param em uma hospedagem muito conhecida dos dois primeiros e veem que outro coche já havia chegado, os cavalos estavam no estábulo. Os donos não estavam e nem a irmã, pois haviam viajado, coisa nada crível. Entrando lá estão mais homens, o “Hanger” oficial, um vaqueiro horrível, mais o homem que havia pegado os cavalos para guardar com o major negro, um mexicano nada confiável e um velho general dos nortistas. Eles estranham isso, mas tomam um café quente para esquentar e observam bem o local. Isso feito pelos caçadores de recompensa que adoravam os donos da estalagem e a conheciam como a palma da mão. A mulher assassina, ótima Jennifer Jason indicada ao Oscar de Melhor Atriz, é a criatura mais execrável do mundo. Suja, boca imunda, sem dois dentes da frente e flertando com o major Marquis, que tinha colocado abaixo de zero pela cor da pele. Levando cotoveladas do caçador de recompensa está com os olhos pretos, o nariz sangrando, mais lambe tudo isso com muito gosto. O ambiente não poderia ser mais tenso e as histórias contadas as mais incríveis, pois o major havia lutado lado a lado com o general preconceituoso e conhecia seu filho que estava procurando. Há uma interrupção para que saibamos como aquelas personagens novas haviam entrado na casa e quem eram. Aí começa o verdadeiro Tarantino. Nada é o que parecia ser e os diálogos e conclusões são fantásticos, você nem se meche na cadeira. O filme tem quase três horas, mas não de aborrecimento e sim de puro prazer. Imperdível. Atenção, muitos críticos, principalmente do Estadão, acham fraco e que é cópia de dois filmes que o diretor já fez. Eu não achei, adorei.



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