SUFFRAGETTE, EUA, 2015, 107 MIN., DRAMA
ELENCO:
CAREY MULLIGAN – LAVADEIRA MAUDE WATTS
HELENA BONHAM CARTER – FEMINISTA EDITH ELLYN
MERYL STREEP – EMMELINE PANKHURST
Inspirado no que se passava nos
anos vinte do século passado, em Londres, este ótimo filme retrata a luta das
mulheres pelos seus direitos como cidadãs e pelo voto. Desde o século anterior,
1870, havia um embate para a emancipação feminina, pois as mulheres eram
tuteladas pelos pais e depois pelos maridos, não tendo voz ativa em suas
próprias vidas. O filme foca a vida de uma jovem operária, Maud Watts (ótima
Carey Mulligan), que trabalhava em uma lavanderia industrial e tinha tratamento
de escrava, com horas infindáveis de labuta, mais o cuidado da casa e de seu
filho pequeno. Os patrões abusavam
sexualmente de suas empregadas, que não podiam reagir. Nessa ocasião, havia um
grande movimento para o direito ao voto feminino e Londres foi tomada por uma
onda de sufragistas. Ajudada pela feminista Edith Ellyn, interpretada por
Helena B. Carter, sai em busca de seus direitos. Edith, farmacêutica, gostaria
de ter sido médica e agora é apoiada por seu marido, também revoltado com a
trágica situação das mulheres. Os
perigos e violências sofridos por elas eram atrozes, como cacetadas, prisões e
várias outras punições. Contudo, elas não se rendem e com uma aparição
relâmpago de Meryl Streep no filme, na pele de Emmeline Pankhurst, vão à luta.
Fazem greve de fome, entre outras coisas, mas o medo dos políticos era de que
alguma delas morresse e se tornasse mártir. Isso seria incontornável. A direção
da diretora Sarah Gavron é muito segura, a ambientação ótima e a trama bem
construída. Uma curiosidade – Helena Bonham Carter é tataraneta de Lord Herbert
Asquith, primeiro-ministro na época e totalmente contra a liberação do voto
feminino, assim como sua avó. Imperdível para qualquer geração de homens ou
mulheres.
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