segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

CAROL DE TODD HAYNES




CAROL, EUA-REINO UNIDO, 2015, 118 MIN., DRAMA
ELENCO:
CATE BLANCHET – CAROL
ROONEY MARA – THERESE

Baseado no livro de Patricia Highsmith o filme, muito bem dirigido, nos conta um caso de amor entre mulheres, ainda nos idos de 1950, quando a sociedade era extremamente conservadora e hipócrita. Nos tempos em que as mulheres ricas usavam os belos e “terríveis” casacos de pele, casquete na cabeça e lindos broches nas lapelas dos tailleurs muito bem cortados. Os casacos longos combinavam com os vestidos de lã. Não preciso dizer que o figurino é um dos pontos fortes do filme, assim como a beleza e talento de Cate Blanchet, como Carol e a muito jovem e excelente Rooney Mara, como Therese. São mulheres com níveis sócias e idades muito diferentes, as quais a não ser por uma coincidência poderiam ter se encontrado. O filme começa com essas duas belas atrizes conversando em um elegante restaurante, quando um amigo de Therese a reconhece e Carol sai imediatamente. Um longo flashback irá nos contar como essa história começou. Carol era uma mulher casada, com uma filha pequena, em processo de divórcio. Isso também causava furor na época e no caso de Carol ainda mais, pois o marido suspeitava de que ela gostava de mulheres e sua conduta moral era inapropriada para criar uma menina. Nas vésperas do Natal, Carol vai comprar um brinquedo para a filha e vê Therese, que trabalhava como balconista, uma jovem de aparência pura e linda. Elas se olham e o amor é a primeira vista. Therese, que queria ser fotógrafa, também tinha um namoro que não fluía e as duas se envolvem em um intenso amor platônico. A vida de Carol não está fácil pela perda da guarda da filha e pelos motivos apontados, mesmo assim as duas partem para o oeste, em uma viagem de conhecimento mútuo e um possível relacionamento entre elas. As primeiras experiências juntas são realmente platônicas até que um casto beijo ocorre e tudo muda de figura. As imagens de sexo entre ambas são belas e envoltas em sombras, como seria de bom tom nos anos 50. Repentinamente rompem a relação, mas não o desejo e a paixão. No terço final do filme veremos o que ocorrerá e o sofrimento de ambas. Ótimas representações, o que rendeu uma nominação de melhor atriz para Kate Blanchet e melhor coadjuvante para Mara. O figurino, a trilha sonora e roteiro adaptado também estão concorrendo. Belíssimo filme.

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