quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VICTORIA DE SEBASTIAN SCHIPPER


VICTORIA, ALEMANHA, 2015, 138 MIN., DRAMA
ELENCO:
LAIA COSTA – VICTORIA
FREDERICK LAU – S0NNE
Ganhador do premio Urso de Prata no festival de Berlim, Sebastian Schipper, em um plano-sequência como no filme Birdman, grava, em apenas um take, o romance de uma garota espanhola de vinte e poucos anos, que encontra amigos de sua idade pertencentes ao submundo de Berlim. Sozinha na cidade há três meses ainda não tem amigos. O filme começa com ela em uma boate de Berlim, bebendo muito e tentando fazer amizade com o barman. Saindo de lá esbarra em um grupo de quatro rapazes, que são delinquentes sem grande perigo. Juntos vão parar no telhado de um prédio para comemorar o aniversário de um deles, mas é Sonne quem chama sua atenção e começa uma paixão a primeira vista entre ambos. Lá eles fumam maconha e bebem cerveja. Victoria é o personagem mais destemido e determinado do grupo e gosta de quebrar regras e convenções. De lá, Sonne a acompanha até o café onde trabalha, pois começaria às 7 horas da manhã e a madrugada já corria solta. Juntos descobrem que estão se enamorando e ela toca em um piano do café A Valsa de Mefisto como verdadeira concertista, que gostaria de ter se tornado, após 16 anos de estudo árduos em um conservatório notório de Madri. Seu sonho havia ido por água a baixo, quando percebe que lá todos eram inimigos e uns queriam se sobressair mais do que os outros. Somente 10 por cento teria chance de se tornar um virtuose do piano. Aconselhada a sair, decide ir para Berlim e mudar todos os padrões que até então havia seguido. Esse grupo marginal vem a calhar e Victoria resolve embarcar com eles em uma aventura para lá de perigosa, pelas ruas de Berlim. Um chefe mafioso havia dado cobertura a Boxer, na prisão, e agora cobrava a dívida de 10.000 euros do rapaz que não tinha um tostão. A missão era assaltar uma cliente de um banco e roubar o dinheiro. O pagamento seria feito e o resto eles dividiriam entre eles. Victoria não tem nada com isso, mas é forçada pelas circunstâncias a participar e se mostra a mais pragmática e inteligente de todos. O desenrolar do ato é simplesmente desastroso, envolvendo a polícia e um bebê que mora em um edifício de apartamentos, onde ela e Sonne refugiam-se. Tudo acontece à revelia e para pior. O final é tenso e de certa forma um pouco inesperado e não muito plausível. Para quem gosta deste tipo de filmagem menos aberta e mais focada é um adequado programa, também para ver o que ocorre com a juventude delinquente de Berlim. Bom filme, mas não para todos indiscriminadamente. A jovem atriz é muito talentosa e vale para quem não gostar da trama.






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