quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

DIPLOMACIA DE VOLKER SCHÖNDORFF





DIPLOMATIE, FRANÇA, ALEMANHA, 2014, 88 MIN. DOCUDRAMA
ELENCO:
ANDRÉ DUSSOLLIER – CONSUL SUECO, RAUL NORDLING
NIELS ARESTRUP – GOVERNADOR DE PARIS, GENERAL DIETRICH VON CHOLTITZ

Esse excelente filme é uma adaptação da peça de Cyril Gely, demonstrando o poder de convencimento político do Cônsul sueco, Nordling, durante a Segunda Guerra em 24 de agosto de 1944. Nesse dia o general alemão deveria explodir Paris, por ordem de Hitler, que não se conformava com o desenrolar da guerra e queria vê-la em chamas, como ficara Berlim.  Entrando por uma passagem secreta no Hotel Meurice, QG dos nazistas, o Cônsul habilidosíssimo desse país neutro, tenta convencer o general a não destruir uma cidade maravilhosa como Paris, onde qualquer soldado alemão sentia-se muito bem. Os diálogos travados são de alta complexidade, tendo o ponto de vista psicológico como maior trunfo. Ele conhecia muito bem a vida do general, seus pontos positivos, seu caráter ilibado e suas fraquezas. O militar era totalmente preso ao dever e hierarquia, enquanto o Cônsul era um homem muito mais flexível e com ideias globais modernas. Vai tentando demover o governador com muita astúcia finalizando no futuro de sua mulher e seus filhos que não poderiam ver aquela magnífica cidade, com seus monumentos históricos tão importantes. Ele seria visto como o destruidor desse patrimônio mundial e odiado, e não como o soldado íntegro que recebera essa ordem de um líder já louco e derrotado.  Os caminhos pelos quais esses dois homens enveredam durante a negociação são ótimos e nos fazem compreender melhor vários aspectos da guerra. Atuações excelentes desses dois monstros do cinema, adaptação de época perfeita e direção segura e minuciosa. Ao final do filme vemos que o general foi solto em 1947 e tudo acabou bem. As fotos branco e preto são do general e do cônsul. Imperdível.





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