quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

CHATÔ, O REI DO BRASIL DE GUILHERME FONTES

ELENCO:
MARCO RICCA – CHATÔ
ANDRÉA BELTRÃO – VIVI SAMPAIO (SOCIALITE CARIOCA)
PAULO BETTI – GETÚLIO VARGAS
LEANDRA LEAL – LOLA
ELIANE GIARDINI – CONSUELO
GABRIEL BRAGA – ROSEMBERG (SAMUEL WAINER, FUNDADOR DA ÚLTIMA HORA)


Esse filme, baseado na obra homônima de Fernando Morais, levou 20 anos para ser finalmente concluído, uma vez que o diretor e produtor envolveu-se em um processo por ter gasto dinheiro demais para sua produção e depois conseguiu mais verba para a finalização. O filme ficou deliciosamente extravagante e apaixonante uma vez que o retratado, o paraibano arretado e polêmico Assis Chateaubriand, foi magnata da comunicação e fundador dos Diários Associados. Tornando-se amante das artes plásticas, deixou um acervo importantíssimo ao Masp. Foi uma figura ímpar no Brasil do século XX, sendo capaz de fazer pactos com Getúlio Vargas só para tirar vantagem da amizade e teve duas  esposas, uma amante fixa, dividida com o ex-presidente, e todas as mulheres que desejou. Faleceu em 1968. No longa metragem Chatô sofre um AVC, deixando-o delirante e fazendo com que ele pense estar sendo julgado, em um programa de televisão, onde o júri é formado por pessoas ilustres da época que o considerariam culpado ou inocente. Sendo um filme de forte colorido como as chanchadas brasileiras e recheado por flashbacks, segue uma absoluta desordem cronológica, que resulta numa obra bem feita e fácil de ser absorvida. Inaugurou a TV Tupi, nos anos 50, possuía jornais e revistas.  Os diálogos são cheios de humor. Marcos Ricca está esplêndido como Chatô, assim como Andréa Beltrão, incorporando a insuportável e chiquérrima Vivi e Leandra Leal representando sua jovem esposa, Lola. Todos os personagens têm ótimas atuações e a diversão é totalmente garantida. Valeu a pena a espera de 20 anos. 

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