ELENCO:
MARCO RICCA – CHATÔ
ANDRÉA BELTRÃO – VIVI SAMPAIO
(SOCIALITE CARIOCA)
PAULO BETTI – GETÚLIO VARGAS
LEANDRA LEAL – LOLA
ELIANE GIARDINI – CONSUELO
GABRIEL BRAGA – ROSEMBERG (SAMUEL
WAINER, FUNDADOR DA ÚLTIMA HORA)
Esse filme, baseado na obra
homônima de Fernando Morais, levou 20 anos para ser finalmente concluído, uma
vez que o diretor e produtor envolveu-se em um processo por ter gasto dinheiro
demais para sua produção e depois conseguiu mais verba para a finalização. O
filme ficou deliciosamente extravagante e apaixonante uma vez que o retratado,
o paraibano arretado e polêmico Assis Chateaubriand, foi magnata da comunicação
e fundador dos Diários Associados. Tornando-se amante das artes plásticas, deixou
um acervo importantíssimo ao Masp. Foi uma figura ímpar no Brasil do século XX,
sendo capaz de fazer pactos com Getúlio Vargas só para tirar vantagem da
amizade e teve duas esposas, uma amante
fixa, dividida com o ex-presidente, e todas as mulheres que desejou. Faleceu em
1968. No longa metragem Chatô sofre um AVC, deixando-o delirante e fazendo com
que ele pense estar sendo julgado, em um programa de televisão, onde o júri é
formado por pessoas ilustres da época que o considerariam culpado ou inocente.
Sendo um filme de forte colorido como as chanchadas brasileiras e recheado por
flashbacks, segue uma absoluta desordem cronológica, que resulta numa obra bem
feita e fácil de ser absorvida. Inaugurou a TV Tupi, nos anos 50, possuía
jornais e revistas. Os diálogos são cheios
de humor. Marcos Ricca está esplêndido como Chatô, assim como Andréa Beltrão,
incorporando a insuportável e chiquérrima Vivi e Leandra Leal representando sua
jovem esposa, Lola. Todos os personagens têm ótimas atuações e a diversão é
totalmente garantida. Valeu a pena a espera de 20 anos.
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